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Vacina BCG, proteção desde pequeno

Criada em 1921, por Léon Calmette e Alphonse Guérin, a vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) protege contra a tuberculose, uma doença infectocontagiosa transmitida pela bactéria Mycobacterium tuberculosis mais conhecida como bacilo de Koch e ataca principalmente os pulmões, podendo afetar também outras partes do corpo como ossos, rins e meninges que são as membranas que envolvem o cérebro.

A tuberculose é passada de pessoa para pessoa, principalmente entre contatos mais íntimos como os domiciliares. Quando a pessoa doente expele pequenas gotas de saliva ao tossir, espirrar ou até mesmo falar, existe a possibilidade de transmitir a doença. Outro fator que pode facilitar o desenvolvimento da enfermidade é a baixa resistência do organismo.

Alguns dos sintomas são tosse seca, emagrecimento, fraqueza e a falta de apetite. O tratamento é feito por meio de remédios durante seis meses e mesmo se os sintomas desaparecerem antes disso, ainda é necessário continuar o tratamento, pois a interrupção dos medicamentos pode causar problemas.

A vacina é composta pelo bacilo vivo atenuado de Calmette-Guérin, por isso o nome BCG. Sua aplicação é feita por injeção intradérmica, ou seja, é aplicada na camada entre a derme e o tecido subcutâneo. Apesar de não ter 100% de eficiência, continua sendo a maneira mais eficaz de prevenção contra a meningite tuberculose e a tuberculose miliar, que são as formas mais graves dessa doença.

Segundo o Ministério da Saúde, apesar da tuberculose ser uma doença antiga, ainda é um problema de saúde pública e precisa continuar sob controle e monitoramento, o Brasil registra aproximadamente, cerca de 200 casos por dia. Mas, apesar de ser uma doença altamente contagiosa e perigosa, têm cura quando é diagnosticada rapidamente e iniciando o tratamento mais breve possível.

O diretor de Vigilância e Saúde da SES (Secretária da Saúde), Marco Aurélio Góis, atenta para a importância da BCG. “Apesar de ser uma vacina muito antiga, ela continua sendo muito importante, principalmente, nos países onde a tuberculose é endêmica, como é o caso do Brasil. É fundamental que a BCG seja aplicada nos primeiros dias de vida.”

De acordo com a enfermeira da Perfil Clínica de Vacinas, Joice de Souza dos Santos, a BCG deve ser aplicada em bebês que nascem com mais de 2kg. Os que nasceram abaixo desse peso devem aguardar até atingir o peso certo para receber a vacina. “Alguns recém-nascidos só podem tomar a vacina quando atingem o peso ideal”, destaca a profissional de saúde.

Depois de aplicada, é comum que fique uma pequena marquinha na pele gerada pela vacina, mas, isso não é uma regra, aproximadamente 5% dos vacinados não apresentam a cicatriz pós-vacinal ou apresentam reação discreta, mas essas pessoas são consideradas imunizadas normalmente e não é necessário vacinar-se novamente.

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, no Brasil quase não há registros das formas mais graves da tuberculose. Além disso, em países onde a doença é frequente e existe um programa de vacinação da BCG, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, aproximadamente, 40 mil casos anuais de meningite tuberculose são prevenidos.

Isso tudo demonstra a importância dessa vacina e como realmente é o único meio de prevenir doenças futuras e maiores complicações. Já que protege os bebês e crianças de muitas doenças perigosas, é um procedimento bem simples e que salva vidas, especialmente a de recém-nascidos que ainda estão construindo sua imunidade.